Sinopse: Aterrorizando a cidade de San Francisco desde 1968, o serial killer Zodíaco, em cartas cheias de escárnio enviadas aos jornais, escondia pistas sobre sua identidade e usava astuciosas mensagens criptografadas que desafiavam as maiores mentes decifradoras de código da CIA, do FBI e da NSA. Nessa época, o autor, Robert Graysmith, era o cartunista de política do maior jornal do norte da Califórnia, o San Francisco Chronicle, de forma que estava lá quando cada uma das cartas criptografadas, cada mensagem codificada, cada farrapo de roupa ensanguentada das vítimas chegou à redação.
Há algo de muito entusiasmante - e mórbido, claro - nessas histórias sobre os assassinos em série, aqueles psicopatas ou sociopatas que matam pelo prazer de matar. Naturalmente, elas costumam fazer parte do gênero policial, e acredito que todos que curtem investigação vão se interessar por "Zodíaco". Ressalto que para quem aprecia enredos com forte aspecto psicológico, essa leitura também cai como uma luva. A indico para todas as pessoas que gostam de narrativas cheias de ansiedade pela próxima página, de momentos chocantes e de quebra-cabeças recheados de simbolismo.
O Zodíaco existiu de fato e este livro conta como, de acordo com a investigação, provavelmente aconteceram seus crimes. O livro mescla capítulos sobre os principais assassinatos - aqueles certamente cometidos pelo Zodíaco - com outros sobre as pistas deixadas por ele, quase sempre em ordem cronológica. O autor faz esses relatos com grande riqueza de detalhe, e ao contrário de algumas resenhas que já li por aí, isso não tornou a minha leitura cansativa. Muito pelo contrário, achei que ao falar sobre a vida das vítimas e até de alguns policiais o autor os humaniza, dando aos relatos policiais uma faceta mais literária e de leitura prazerosa.
Mas aqui vai uma dica: se você não gosta do gênero policial, talvez essa não seja a sua melhor opção. Afinal, em "Zodíaco" você vai acompanhar várias pistas da investigação, das boas às ruins, e vai se empolgar ou se frustrar com elas como se fizesse parte da equipe da polícia. Como alguns de vocês já devem saber, o Zodíaco nunca foi encontrado ou preso - ou seja, não esperem por um final. Na minha experiência, senti falta de um desfecho para a história, mas se o assassino não foi encontrado não seria possível o livro ter um fim, mesmo.
Um aspecto interessante é que ao longo do livro encontramos descrições de alguns procedimentos da polícia norte americana, como detalhes sobre digitais, autópsia, colhimento de pistas, etc., o que me agradou muito. Outro detalhe curioso são os apêndices no fim do livro, que reúnem as pistas de forma sistemática e são bastante úteis durante a leitura quando nos confundirmos com a quantidade de nomes de vítimas - infelizmente eu fui lerda e só percebi esse apêndice ao fim da leitura, então ele não me ajudou muito.
Nota: 4/5
Capa: 4/5 (toda trabalhada nos símbolos do Zodíaco!)
Leria de novo? Não, mas quero ler mais livros de serial killers porque eu sou estranha, hahahaha...
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