Resenha: O Hobbit - J. R. R. Tolkien

Editora: WMF
Autor: J.R.R. TOLKIEN
ISBN: 9788578271121
Ano: 2009
Número de páginas: 296

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 Sinopse: Prelúdio de O Senhor dos Anéis, O Hobbit conquistou sucesso imediato quando foi publicado em 1937. Vendeu milhões de cópias em todo o mundo e estabeleceu-se como um clássico moderno e um dos livros mais influentes de nossa geração.

A estória narra o longo e perigoso trajeto de um hobbit chamado Bilbo Bolseiro (tio de Frodo, um dos principais protagonista do clássico O Senhor dos Anéis). A viagem é repleta de aventuras das quais ele desgota até a Montanha Solitária em busca do tesouro roubado pelo dragão Smaug anos atrás. Tudo começa num dia inesperado em que Bilbo recebe a visita de Gandalf com 13 anões, entre eles Thorin Escudo-de-Carvalho - cuja família teve roubado o tesouro. Alguns dos feitos narrados em O Hobbit influirão nos acontecimentos posteriores de O Senhor dos Anéis).   

 "Então alguma coisa dos Tûk despertou no seu íntimo, e ele desejou ir ver as grandes montanhas, e ouvir os pinheiros e as cachoeiras, explorar as cavernas e usar uma espada ao invés de uma bengala." O Hobbit, pág. 15

 Sempre que começo a ler um autor muito famoso fico com um pé atrás. Afinal, se todo mundo gosta e eu não gostar pode haver alguma coisa de errado comigo, né? Pois bem, esse foi o meu 1º livro do Tolkien, e eu posso dizer que esperava mais. Não que o livro seja ruim. Ele é legal. Mas também tem muitos defeitos. Senti muita falta de um personagem feminino na história. Ok que é uma história sobre aventuras masculinas, tais como reconquista de território, batalhas, perigos, etc. Isso não é ruim, mas o negócio é que nem nos momentos que mostram as sociedades as mulheres têm voz ou mesmo presença nesse livro. E isso não pode ter sido um acaso. Mas bem, superemos meu feminismo e vamos à resenha.

O que houve de mais gostoso no livro, pra mim, foram as sensações dos lugares por onde passaram Bilbo Bolseiro e os 13 anões - já perceberam que anões sempre vêm em números cabalísticos nas histórias? 7 anões, 13 anões. Sempre correndo perigo de encontrar orcs, trolls e outras criaturas mortais no caminho, nossos desbravadores viajam por montanhas íngremes e florestas, e assim permitem que o leitor viva um  pouco da magia destes lugares - é por isso que O Hobbit sempre terá pra mim um clima úmido e um delicioso cheiro de vegetação e madeira.

Outro ponto que me agradou bastante foi a transformação do hobbit Bilbo ao longo da história. Não vou me prolongar muito nesse quesito para não dar spoilers, mas o fato é que o Bilbo que você encontra no final do livro é muito diferente do acomodado personagem no início da história. Inclusive, a lição de moral que esse fator me passou foi muito legal: que às vezes a gente tem muita coisa boa guardada lá dentro, mas precisamos de experiências que ativem essa beleza interior. O tempo por si só não faz a mudança: o que ocorre no seu desenvolver é que nos aprimora.

Dou destaque positivo também para o personagem de Gandalf, apesar de que eu esperava mais dele, mas enfim - pelo menos em comparação com o Gandalf neste livro, o Dumbledore é mil vezes melhor. E só um aviso: tenham paciência com o finalzinho do livro - umas 15 páginas antes das 5 últimas, eu diria. Porque apesar de todo o restante se desenvolver com facilidade, este trecho, pra mim, foi um pouco chato. Mas acredito que sem ele a história estaria incompleta. Então perdoem esse trechinho, ele é um mal necessário.

Em suma, a história vale a pena, pessoal. Mas não é essa coisa tooooda que as pessoas falam, não. É uma historinha boa, nada tão grandioso.

Nota: 3/5

Capa: 2/5 - há quem goste, mas não eu.

Leria de novo? Não, mas leria - e lerei  - a trilogia d'O Senhor dos Anéis, por consequência desta experiência.

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