Resenha: Cidade das Cinzas - Cassandra Clare

Esta resenha contém SPOILER do 1° livro da série Instrumentos Mortais.

Editora: Galera

Autor: CASSANDRA CLARE

ISBN: 9788501087157

Ano: 2011

Número de páginas: 406

Skoob

Sinopse: Jace parece determinado a deixar todos ao seu redor enfurecidos. O caçador de sombras já é visto com desconfiança, pois seu pai, Valentin, quer dominar o mundo. Além disso, triângulos amorosos surgem, vampiros renascem e angústias adolescentes florescem em seu grupo de amigos.

"- Você às vezes desaparece completamente na sua própria cabeça. Gostaria de poder segui-la. 

Você segue, ela queria dizer. Você vive na minha cabeça o tempo todo."

Cidade das Cinzas, pág. 321

Comecei o livro Cidade das Cinzas que a Editora Record me enviou para resenha com uma sede de leitura sem precedentes. Mas ao terminar a última página notei com grande irritação que a minha sede não havia sido saciada. Porque né, estavam rolando umas coisas esquisitas em Cidade dos Ossos que precisavam de resolução. Mas não, as nossas dúvidas ainda não foram respondidas e eu tenho a impressão de que elas são o grande "tchan" da série - ou seja, acredito que elas só terão uma explicação no último livro. E isso me deixa impaciente.

Para quem adora criaturas mágicas como eu, esse livro mantém a felicidade gerada pelo 1º da série. Nele, conhecemos um pouquinho mais sobre as fadas desse universo, sobre o feiticeiro Magnus Bane, sobre os vampiros e os lobisomens e até sobre os demônios - que são a minha parte menos preferida da história, mas sei que é o que a maioria de vocês mais curte. Porém, o que prevalece mesmo ao longo da história são os conflitos emocionais de Clary e Jace. Isso pode ser bastante cansativo ao longo da leitura, e foi o que fez o livro perder mais pontos comigo.

Um ponto alto da série como um todo, e deste livro em especial, é a sutileza, o respeito e a sensibilidade com que a Cassandra Clare trata o tema do homossexualismo. Não sei se já citei isso por aqui, e se já, peço desculpas. Acontece que este realmente é um ponto que me deixa orgulhosa de Instrumentos Mortais. Se eu pudesse instituir a forma padrão de lidar com o assunto seria com a naturalidade que ela adota nos livros. Afinal, carinho e sentimento são coisas do bem em qualquer formato, certo?

Já a estrutura se organiza com alternância entre pontos de ação, com o corte sempre no momento mais tenso. Ou seja, rola um joguinho sádico com a nossa curiosidade, e isso também foi um pouco chato pra mim. Porque sempre - repetindo: sempre - que eu começava a me sentir envolvida por um momento da história ela cortava o capítulo e começava a contar algo que estava acontecendo em outro lugar. Isso me fez xingar um pouco.

Mas não digo que o livro é ruim, viu? Se você curtiu Cidade dos Ossos se jogue nas Cinzas. Só não vá super master blaster ansioso, nem achando que este livro vai te deixar mais tranquilo com a história porque ele não vai. Sorte a nossa que o Cidade de Vidro será lançado agora em Setembro, né?

Nota: 3/5

Capa: 4/5 (acho a boca dessa modelo muito feiosa!)

Leria de novo? Não, mas lerei o próximo.