Editora: Sextante Ficção
Autor: JOE HILL
ISBN: 9788599296882
Ano: 2010
Número de páginas: 320
Ignatius Perrish tinha uma família unida e privilegiada, um irmão que era seu grande companheiro, um amigo inseparável e, muito cedo, conheceu Merrin, o amor de sua vida. Até que Merrin é estuprada e morta e ele passa a ser o principal suspeito. Todos na cidade acreditam que ele é um monstro. Um ano depois, Ig acorda de uma bebedeira com uma dor de cabeça infernal e chifres crescendo em suas têmporas. Ao vê-lo, as pessoas entram numa espécie de transe e revelam seus pecados mais inconfessáveis. Sozinho, sem ter aonde ir ou a quem recorrer, Ig vai descobrir que, quando as pessoas que você ama lhe viram as costas e sua vida se torna um inferno, ser o diabo não é tão mau assim.
"As vezes queria que meu pai tivesse amado a mim e à minha mãe para nos matar e depois se suicidar. Então teria sido uma tragédia e não mais o fim de um relacionamento chato e deprimente" O Pacto, pág, 134
Antes de ler "A Estrada da Noite", o 1º livro de Joe Hill, eu já queria ler "O Pacto". A sua sinopse me pareceu tão promissora que me apaixonei imediatamente por essa possibilidade de leitura. Porém, ao terminá-lo pensei "E agora, José? Como resenhar?" - e confesso que ainda estou me fazendo essa pergunta.
Um ponto bem legal do livro é a reflexão que o poder dos chifres de Ig propõe: "o que será que as pessoas falariam se fossem 100% sinceras sobre os seus sentimentos e opiniões?" O ser humano está sempre tentado agradar, sempre mentindo para si e para os outros, porque sem isso não há convivência em sociedade - e no fim das contas todo mundo quer ser aceito. No caso de Ignatius Perrish, a honestidade causada nos outros pela sua inexplicável transformação em diabo é bem perigosa, já que todo mundo acha que ele estuprou e matou a sua namorada e, com isso, todos o odeiam. Mas isso é apresentado no livro de uma forma engraçada, embora bastante nojenta às vezes.
Neste livro, Joe Hill te conta um detalhe importante da história e depois volta no passado do personagem para desmembrar aquele detalhe, em como ele aconteceu ou o que o motivou. Sou fã de estruturas que fogem do óbvio e criam um quebra cabeças ao invés de ter um tempo linear que começa no começo e termina no fim. Porém, a minha sensação foi de que sempre que eu pensava "aaah, tá!" o autor falava "e tem mais isso!" e voltava no passado de novo, "e mais isso também" e assim por diante. Para mim, alguns detalhes foram bem desnecessários - o que não faz ele ser ruim, só irrita às vezes. Faz sentido?
E para quem não sabe a diferença, aqui vai uma informação útil: horror e terror não são a mesma coisa. Uma história de terror é aquela capaz de te deixar com medo, o que eu adoro. Mas, ao contrário do primeiro livro de Joe Hill, O Pacto é caracterizado pelo horror. Ou seja, ele evoca cenas ou ideias que dão repulsa no leitor. Não sou fã dessa característica, mas há quem goste muito do gênero - como o Stephen King, pai de Joe Hill e o mais famoso autor de horror da atualidade. O livro também faz uns argumentos sobre bem e mal muito bem construídos, mas que podem alfinetar o pessoal que é muito religioso. Então, se você não curte discurso de advogado do diabo, talvez esse livro não seja pra você. Agora, se você acha legal ver as coisas por uma perspectiva diferente, se jogue n'O Pacto.
Nota: 3/5
Capa: 3/5
Leria de novo? Não.
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Joe Hill... Um autor que eu não consigo compreender. Siceramente. Como eu já disse, Fantasmas do Século XX eu achei péssimo. Alias, gostei muito, Mari, da sua definição de terror e horror. Stephen King eu apenas li Carrie a estranha e gostei muito.
ResponderExcluirO Pacto parece ser forte, mas não me agrada. A estrada da noite... não consigo iniciar, pois a primeira esperiência com o escritor eu não aprovei e não me instiga a ler outro livro dele.
Não é um livro que me agrada. Gostei de seu ponto de vista. Aliás, a resenha ficou muito boa!
ResponderExcluirBeijinhos, :*
Primeiro Livro ;)
Bom, eu já li o livro e gostei bastante. Sim, é meio sinistro, mais eu gosto de tipos de livros assim, haha.
ResponderExcluirFoi o meu primeiro livro do Joe. Tenho vontade de conhecer os outros livros dele, principalmente o "Estradas da Noite".
Gostei da sua resenha e da sua sinceridade :)
Parabéns.
Beeijos :*
Parabéns pela resenha, você se saiu muito bem;)
ResponderExcluirEu já tenho este livro na minha lista e tenho certeza de que vou gostar!
Bjkssss
@PatriciaADavis
Leitora nova do blog ^_^
ResponderExcluirAdorei sua resenha, e fiquei bem curiosa pra ler o livro, embora -- como você -- eu não goste muito de horror. Tem uma série que eu adoro, porém, que é recheada de cenas assim... Anita Blake, da Laurell K. Hamilton. ;)
Sempre é interessante livros que tratem desse tipo de coisa... demônios, anjos, Céu, Inferno. Me chama a atenção.
Bjooos!
Bia.
www.awholeworldinpages.blospot.com
Muito importante a definiçaõ de Horror e Terror, não sabia a diferença... Viu?! e minha mãe ainda diz q eu perco tempo na net! ahushsuahau
ResponderExcluirEu AINDA não li A estrada da Noite, tá nos meus vou ler há muito tempo, e o Pacto também está, mas como dinheiro é curto e tem outros livros na lista com maior prioridade jhá viu né... sem contar que ultimamente não tenho tido um pingo de paciência pra ler no PC... Não é a mesma coisa...
Resenha maravilhosa Mari, eu adoro o jeito que você põe suas opiniões...
Um mega Beijo!!
Bá guria, eu entrei nessa do Pacto pela sinopse também. Li pela internet e fui correndo na livraria adquirir. O resultado é que não consigo fazer a leitura evoluir...
ResponderExcluirE sim. Também acho que há diferenças entre terror e horror. Adoro o primeiro e amo o mestre dos horroros, Stephen King.
Parabéns pela resenha. Um beijo!
Bom já estava super afim de ler "O Pacto", porem, sempre ficava com um pé atrás, pois já li um livro do Joe a "A Estrada da Noite", e confesso que não gostei muito e me deixou muito a desejar.
ResponderExcluirMas depois dessa resenha é certeza que vou ler "O Pacto".
Aliás ÓTIMA Resenha !!
Nossa, que macabro! Bem louco.
ResponderExcluirInfelizmente, esse livro, pelo que vi, não faz o meu estilo.
No entanto, tbm gostei da parte dos chifres, que fazem as pessoas dizerem sempre a verdade pura. Já pensou o se isso acontecesse no mundo real um dia? Eu, que já não tenho vida social, ia ter que me trancar em casa para o resto da vida, e olha que eu já faço isso muito. UHAUSHAUSHAUHS... Não é por mal, mas é a tal "educação" que faz todo mundo agir assim, escondendo muitas vezes o que verdadeiramente acha de tal coisa.
Mas a sua resenha ficou ótima.
Olá, Mari!!
ResponderExcluirSinceramente, não é o tipo de livro que desperta a minha atenção. Vi em outros blogs que não tem um tempo cronológico específico e fica variando entre presente, passado e futuro rs.
A sinopse em si também não me agradou muito, mas quem sabe algum dia eu mude de ideia, quando a lista de leitura diminuir mais rsrs.
Adorei a sua resenha, flor!
Bjos.
Mariana Ribeiro
Confissões Literárias.
O Hill tem uns momentos de brilhantismo, mas acho que, da metade pro final d'O Pacto, ele se embolou um pouco na própria história, de forma que acredito que o fim do livro ficou... péssimo, rs. Mesmo assim, a reflexão proposta é realmente interessante, e eu poucas vezes li coisas tão cativantes como as histórias de adolescência de Ig, e o livro vale a pena só por isso.
ResponderExcluir=*
http://livrosletrasemetas.blogspot.com/
Oie. Acho muito interessante as resenhas deste livro. Tenho muita vontade de ler. Bjuss.
ResponderExcluirEu quero muito ler 'A Estrada da Noite', 'O Pacto' parece até bom, mas não é a minha temática preferida. A ideia sem dúvida é incrivelmente promissora, sem deixar de ser uma crítica à sociedade. Talvez o livro para não enrolar demais e nem correr o risco de perder o fio da meada poderia oferecer somente os detalhes importantes para a obra em si, acho que é isso que você desejava mais do livro. Foram muitos detalhes e muitas voltas desnecessárias, que nada explicaram ou acrescentaram à história. Como falei, não gosto de livros com esse tipo de enredo, e não sei se leria exatamente por causa disso. Mas quero sim ler 'A Estrada da Noite' quando puder e também ler Stephen King, dizem que é tão bom, preciso abrir meus horizontes literários, tanto para ler chick-lits quanto o mestre do terror. Beijão Fê, e parebéns pela sincera resenha!
ResponderExcluir;* Livros, Letras e Metas
Oi Mariana!
ResponderExcluirEu adorei a sinopse e a resenha desse livro. Fiquei com muita vontade de ler. Nunca tinha ouvido falar de "O Pacto" antes, mas agora vou ter que dar um jeito de comprar e ler.rs
Adorei o seu blog e já estou seguindo.
Beijos!!!!
Putz, você me deixou em dúvida com essa resenha. Fiquei tentada a ler, mas ao mesmo tempo to com um pé atrás.
ResponderExcluirTenho curiosidade, mas ao mesmo tempo bate a incerteza.
Bom, talvez eu dê uma chance quando a minha estante estiver mais vazia :~
Beijos!
http://sunriseshere.com
Eu simplismente adoro os livros do Joe Hill, O Pacto é maravilhoso, mas meu preferido é A Estrada da Noite... Não tem como não simpatizar com o Ig depois de todas as atrocidades que as pessoas falam pra ele.
ResponderExcluirFicar fazendo viagens ao passado é bem irritante, mas vários autores usam esse recurso, fazer o que. Confesso que às vezes eu pulava um capítulo e depois que sabia o que eu queria voltava lá atrás pra ler sobre o passado.
Quanto ao primeiro comentário, do Mundo dos Livros, recomendo ler os outros livros do Joe Hill, pq vc começou pelo pior deles. Fantasmas do Século XX tem alguns bons contos, mas a maioria é bem sofrível.
^^
agora depois de ler sua resenha fiquei com uma pulga atras da orelha se ler ou nao este livro....gosto de contos de Terros, mas Horror ja nao é bem o meu tipo...nao sei se leria ete livro, gosto de um bom livro para passar o tempo e por isto acho que ter repulsa dos acontecimentos nao iria agradar minha leitura...
ResponderExcluirresumindo: adorei sua resenha e valeu pela dica, quem sabe um dia eu leio quando eu quiser algo forte para passar o tempo.
Gostei da resenha...não sei se este será uma prioridade de leitura, certamente não, mas com certeza fiquei bastante curiosa a respeito desse livro. Deve ser daquele tipo que te deixa com o coração a boca do inicio ao fim.
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