♥ Amor, minha gente. Amor. ♥
Editora: Companhia das Letras
Autor: Stieg Larsson
ISBN: 9788535916287
Ano: 2010
Número de páginas: 685
Não leia a sinopse se quiser evitar spoilers - principalmente se ainda não tiver lido os primeiros livros.
Sinopse: Neste terceiro e último volume da série, Lisbeth Salander se recupera, num hospital, de ferimentos que quase lhe tiraram a vida, enquanto Mikael Blomkvist procura conduzir uma investigação paralela que prove a inocência de sua amiga, acusada de vários crimes. Mas a jovem não fica parada, e muito mais do que uma chance para defender-se, ela quer uma oportunidade para dar o troco. E agora conta com excelentes aliados. Além de Mikael, jornalista investigativo que já desbaratou esquemas fraudulentos e solucionou crimes escabrosos, no mesmo front estão Annika Giannini, advogada especializada em defender mulheres vítimas de violência, e o inspetor Jan Bublanski, que segue sua própria linha investigativa, na contramão da promotoria. Com a ajuda deles, Lisbeth está muito perto de desmantelar um plano sórdido que durante anos se articulou nos subterrâneos do Estado sueco, um complô em cujo centro está um perigoso espião russo que ela já tentou matar. Duas vezes.
Como vocês devem se lembrar eu sou super fã da série Millennium
♥, e foi com muita empolgação e tristeza que cheguei ao último livro da série. Neste livro retomei a paixão que Stieg Larsson havia plantado em meu coração com "
Os homens que não amavam as mulheres" e "
A menina que brincava com fogo", e tive reações à leitura das mais diversas. Mas, sem sombra de dúvida, "A Rainha do Castelo de Ar" me tornou oficialmente uma apaixonada pelo trabalho do Stieg.
O livro começa morno, com um excesso de problemas na vida de Lisbeth e o enlaçamento da história da protagonista com várias questões políticas da Suécia (Fictícias? Alguém sabe me dizer se tem alguma relação com a realidade do país?). Esse lado político da leitura não esteve tão forte nos outros livros e me incomodou, a princípio. Cheguei a pensar que o sr. Larsson tinha estragado minha série preferida no último livro, mas logo ele me provou errada: se tratava apenas do período de adaptação que os livros da série Millennium exigem pra nos acostumarmos com grande volume de personagens, informações, histórias paralelas, etc. Depois que a gente acostuma fica tudo gostoso!
Por vários momentos durante a leitura, quando a história de Salander ia sendo contada para oficiais de polícia e altos funcionários do governo, achei entediante ler a mesma coisa sendo contada e recontada, investigada e especulada. E sinceramente, este foi o único ponto realmente negativo da leitura. Porém, no contexto do livro, essas partes são necessárias e justificáveis. E o restante da leitura é tão gostoso que vale a pena passar por umas partes mais chatinhas.
Como sempre, o livro apresenta a perspectiva de vários personagens, sempre com um tempero das opiniões de cada um, de seus problemas pessoais. E essas tramas paralelas fazem toda a diferença na construção de Stieg Larsson, porque dão uma sensaçã de realidade muito forte à leitura. Eu, como leitora, me senti sempre muito respeitada por esse autor, que se preocupou em me dar uma visão ampla da história e não deixou nenhum ponto sem nó, costurando a história com uma maestria sem igual - ao menos nas minhas leituras.
Um outro ponto diferente deste livro é que ele conta com um capítulo com clima de tribunal, então se você gosta de livros do gênero ou se adora Law and Order como eu, vai curtir esse aspecto. Além disso, temos nessa história uma grande dose de espionagem, psicologia, jornalismo, conflitos profissionais, convites a reflexões sobre formas diferentes de relacionamentos amorosos, assédio sexual, tecnologia, hackers e amizade.
Vale citar que o livro conta com alguns capítulos curtos de uma ou duas páginas, que contam sobre mulheres guerreiras (no sentido de lutar em guerras, mesmo!) da história do mundo. Achei essas intervenções muito interessantes, pois dão uma dimensão para os papéis femininos da série, ou mesmo da vida real. Afinal, as Lisbeths Salanders, Ericas Bergers, Malus Erikssons, Sonjas Modigs e Rosas Figuerolas que conhecemos na nossa vida, essas mulheres que lutam contra as convenções e têm um papel ativo na busca pela justiça e pela verdade (mesmo que em seus cotidianos pequenos) não seriam as guerreiras de hoje em dia? Acho que somos, sim!
Como nos dois primeiros livros, da metade para o fim de "A Rainha do Castelo de Ar" o leitor se torna escravo do livro e não consegue mais largá-lo. É quando as histórias começam a se entrelaçar, alguns desfechos vão aparecendo e tudo vai fazendo sentido, tudo vai se resolvendo, você começa a ver luzes no fim dos túneis, o coração bate mais rápido e dá vontade de gritar pela janela "ESSE LIVRO É MUITO BOM, VÉEEEEI! PELO AMOR DE DEUS, PUTZ, ELE É MUITO BOM! MUITO!" ou algo do gênero.
Que fique claro que Stieg não se esforça para nos dar tudo o que queremos. Ele não quer mudar os personagens para nos dar um final lindo embrulhado em cetim. Mas enfim, nem preciso dizer que indico a série mais que tudo nessa vida, né? Leia assim que puder.
Nota: 5/5 ♥
Capa: 5/5 (prefiro essa capa das edições econômicas)
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