Resenha: Emily The Strange - Os Dias Perdidos - Rob Reger

Editora: Record

Autores: Rob Reger & Jessica Gruner

ISBN: 9788501086778

Ano: 2011

Páginas: 274

Skoob

Sinopse: Emily é uma menina de 13 anos bem diferente. Ela adora preto, gatos, música e, principalmente, fazer coisas estranhas. Porém um dia ela acorda e, subitamente, descobre que não lembra mais nada sobre si mesma... Amnésia! Tudo o que sabe é que usa preto da cabeça aos pés e as pessoas olham de um jeito estranho para ela na rua. Emily vai se lançar em uma aventura para saber quem ela é e, no caminho, talvez faça amizades, descubra mentiras e consiga até se lembrar de alguma coisa.

Bom, pra começar eu estava louca pra ler esse livro porque sempre fui apaixonada com a Emily, desde a minha adolescência. A Emily é uma personagem que foi criada para ilustrar os shapes de skate da Santa Cruz. Tamanho foi seu sucesso que acabou abrindo mercado para vários produtos, como livros, bonecas, adesivos, papelaria, dentre outros. Então, já podem esperar uma resenha beem "tiete" hehe.

O livro é maravilhoso. Ele todo. A capa, as ilustrações, as cores e principalmente o conteúdo. Você não precisa saber a história da Emily para lê-lo, dado que o livro mesmo se trata de fazê-lo. O título é uma prévia do conteúdo, mas a prióri não dá pra perceber.

O Livro começa meio confuso, a garota é narradora da história, e, como ela não tem memória nenhuma, o leitor fica um pouco perdido - MAS o objetivo é esse mesmo - até porquê ele vai descobrir quem é a garota, ao mesmo tempo que ela se descobre. E esta é a principal sacada do livro, que te faz delirar e não querer parar de ler.

Emily (ei, não era pro leitor saber o nome dela). Er... recomeçando - ELA está sentada num banco de praça, numa cidade extremamente estranha e sem graça, onde só tem uma árvore e tudo é pintado de bege. Ela pode não saber quem é, mas ela sabe que não gosta de bege, e aquele já é motivo o bastante para ter raiva da cidadezinha. Essa cidade era BlackRock, e ela não fazia ideia da razão que a trouxe até ali, e nem porque ela não deve ir embora. Na cidade, o único prédio razoavelmente interessante, era um café, o "El Dungeon", onde ela (Emily, que não é pra saber o nome, droga!), encontra personagens que vão ajudá-la a descobrir o mistério sobre si mesma, e sobre aquela cidade. E o principal motivo dela não se mandar dali, é que ela conclui que se ela estava em BlackRock, é em BlackRock que ela deve ficar para descobrir algo sobre si mesma.

Raven, a "bartender" do café, é uma cabeça de vento, não fala coisa com coisa, mas ajuda a menina. Neste café, ela vai desvendando mistérios, sendo levada a outros lugares e conhecendo os misteriosos clientes. Dentre eles, o pessoal de um espetáculo itinerante de medicina, que se assemelha a um circo, com a diferença que tudo está relacionado ao placebo medicinal que eles vendem e a um jogo chamado "Pôquer Calamidade" que só pode jogar, quem fizer parte da família Attikol, os donos do espetáculo.

Pelo fato do livro ser narrado pela Emily, a história é dinâmica e a linguagem é bem jovem, coloquial e bem menos preocupada com a gramática. Mas nada que influa na narrativa. Na verdade isso deixa o livro muito divertido e interessante. Dentro dele têm páginas de cadernos e ilustrações representando fotografias, que são impressos nas páginas, pra simular os caderninhos de anotações dela, fotografias que ela tira, cartas que ela recebe... Um detalhe que percebi, e que me deixou muito feliz, é que eu sou muito parecida com a Emily! Ela é meio sarcástica, não gosta muito de lidar com pessoas, tem poucos amigos, não é popular, é nerd-cientista...

Enfim, o livro está recomendadíssimo! Não vou falar mais para não contar revelações importantes do enredo. Comprem agora! Além de tudo o livro é lindo. A capa em vermelho é a capa dura, que está gravada mesmo no livro. A capa preta, é aquele papel que envolve livros de capa dura, e tem detalhes lindos, vernizes, relevos... Um livro de coleção, pra guardar e amar incondicionalmente! (É sério, eu cheguei a abraçar o livro enquanto lia, para o terror dos meus amigos).

Nota: 5/5

Capa: 5/5

Leria de novo? Mil vezes :)

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