domingo, 13 de março de 2011

Vi o Filme: Bruna Surfistinha

Filme proibido para menores de 16 anos
Resenha de Classificação Livre
  
Título Original: Bruna Surfistinha
Lançamento: 2011 - Brasil
Direção: Marcus Baldini
Atores: Deborah Secco, Drica Moraes, Fabíula Nascimento, Cristina Lago.
Duração: 109 min
Gênero: Drama


Sinopse: Raquel (Deborah Secco) era uma jovem da classe média paulistana, que estudava num colégio tradicional da cidade. Um dia ela tomou uma decisão surpreendente: virar garota de programa. Com o codinome de Bruna Surfistinha, Raquel viveu diversas experiências "profissionais" e ganhou destaque nacional ao contar suas aventuras sexuais e afetivas num blog, que depois acabou virando um livro e tornou-se um best seller.

A história é mais ou menos assim (não há spoiler): Garota adolescente passa por bulling por causa de práticas sexuais que, pelo que o filme dá a entender, foi forçada a cometer. Aparentemente, a primeira solução que ela encontrou foi fugir para um prostíbulo e se tornar prostituta - e eu me senti meio "ah, você está me zuando, né?" com essa solução dela, mas enfim. Então ela passa por muitas coisas. Tem altos e baixos na carreira, por assim dizer. Usa drogas, come o pão que o diabo amassou, mas no fim conclui que aprendeu muito com tudo aquilo e que a sua opção fez dela uma pessoa livre - e foi nessa hora que o filme perdeu todo o seu valor, pra mim.

Então quer dizer que se desrespeitar e se degradar é um caminho bom? Fiquei revoltada com a mensagem que esse filme passa. Mesmo porque, a classificação indicativa dele está errada demais, esse filme tinha que ser proibido para menores de 18 anos. Não só pelo choque que ele provoca, mas pelo conteúdo sexual, pela presença de substâncias ilícitas, e pela mensagem final. Me sinto muito desconfortável em imaginar jovens de 16 anos - que pela sua idade e pouca experiência de vida são ainda muito influenciáveis, assistindo a uma história com apologia tão negativa. 

Porque  não ter preconceito é uma coisa muito diferente de mostrar a prostituta como heroína, como vencedora, como guerreira. Podemos não ter preconceito nenhum, ver tudo como um trabalho, uma profissão, etc.  Eu não consigo ter essa postura, mas imagino que algumas pessoas até tenham. Mas certamente uma pessoa que passa por experiências como as dela não sai ilesa. Não aprende e segue a sua vida, depois. Ela deve ter cicatrizes emocionais horríveis, e isso o filme não mostra. Parece que todo o sofrimento pelo qual ela passou no processo ficou para trás, e agora que resolveu mudar de vida ela acha que tudo aquilo valeu a pena. E eu juro que tentei entender o lado dela, mas não dá. Não consigo.

Sim, o filme é bem feito. Sim, ele provoca emoção - entre os risinhos de constrangimento e a sensação de completo desconforto. Sim, a atuação da Deborah Secco está boa. Mas sabe, eu sempre me apego às mensagens dos filmes. Às reflexões que eles incitam. E eu não acho que esse filme provoque nada de positivo, ou mesmo de verdadeiro. Acho que o filme - como o livro, provavelmente, foi só uma maneira que a Bruna/Raquel encontrou para justificar pra ela mesma tudo o que ela fez. E eu não compro as suas justificativas.

Assista ao trailer no Youtube
(mas não veja se você for muito novinho(a) porque tem seminudez, tá?)

Nota: 2/5
Assistiria de novo? Não
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Assistiu ao filme e interpretou de uma forma completamente diferente? 
Não assistiu mas discordou de alguma opinião minha? Ou concordou? 
Então me conte nos comentários. Eu adoro saber a opinião de vocês!
=)

12 comentários:

  1. Olá!

    Primeiro de tudo, obrigado por visitar o Fundo Falso ^^
    Vc me sugeriu parceria? Me manda um e-mail no andrea@fundofalso.com, eu coloco parceiros uma vez por semana, assim no email não tem perigo de eu esquecer!!

    Eu até que gostei do filme, só que tem um porem, no filme parece que as as situações levaram ela a essa escolha errada, mas vi uma entrevista, onde explica que a maioria dos fatos são ficticios, ou seja, florearam a historia, que é pior ainda!! rs

    Enfim.. Vale pela atuação da Debora, eu gostei.

    Bjus uma ótima semana!

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  2. Olá, Mari!! Infelizmente ainda não tive a oportunidade de assistir, mas parece ser bem interessante este filme.
    Adorei a sua resenha!!
    Tenha uma ótima semana!
    Bjos.

    Mariana Ribeiro
    Confissões Literárias.

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  3. Oi Mari!
    Gostei da sua resenha, mas não tenho vontade nenhuma de ver esse filme...
    Beijos

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  4. Olá!
    Apesar de toda a sua critica negativa, ainda tenho uma imensa vontade de ver o filme! Pode ser que eu tenha uma opinião diferente da sua.
    Ah, você podia fazer uma resenhas de Cisne Negro, da Natalie Portman, minha irmã viu e ficou ‘traumatizada’.

    Israel
    Fanáticos Leitores
    Passe lá e deixe um comentário!

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  5. Concordo com você, esse tipo de mensagem num filme é revoltante!
    Com certeza não assistirei.

    Beijos
    Tarsila
    DeSaLiEnAnDO

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  6. Oi Mari! Estou um pouquinho sumida pq meu pc queimoul, mas essa semana, acho que ele voltará a funcionar direitinho (assim espero).

    Ainda não assisti ao filme, mas já li O Doce veneno do Escorpião. Tb não achei uma boa mensagem e chega ser revoltante uma menina que tinha tudo, optar por essa vida. Mas acho que vou gostar do filme. Quero assistí-lo!

    Mas pelo conteúdo do livro, eu imagino as cenas constragedoras. Assistir com pai e mãe do lado, jameis!

    rsrs

    BjoO
    Pri
    Entre Fatos e Livros

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  7. Olá! Sobre a sua frase:"Acho que o filme - como o livro, provavelmente, foi só uma maneira que a Bruna/Raquel encontrou para justificar pra ela mesma tudo o que ela fez." O livro e o filme foram as formas que ela arranjou de ganhar dinheiro e deixar de exercer a "profissão" que exercia. Se ser prostituta fosse tão bom, ela não teria parado, concorda? Li o livro e não gostei, achei de pouco conteúdo e é o tipo de leitura que não acrescenta nada. Sabe por que a gente lê? Por curiosidade! Algumas mulheres lêem querendo aprender truques, outras para entender o que a prostituta tem que elas não têm e por aí vai. O filme é a mesma coisa, quem não tem o dom da "leitura" vai ver o filme com certeza, porque todo mundo tem curiosidade. Bruna Surfistinha é uma prostituta que deu sorte, só isto, nada mais que isto. Ela escreveu num blog coisas que ninguém mais estava escrevendo, o brasileiro é curioso, o blog teve bom ibope e virou livro, e agora virou filme. E vai continuar virando mais o que? Quando ela estiver velhinha, e não tiver mais produto para fazer, vai dar cursos no estilo "como enlouquecer seu marido sem ser prostituta" e vai lotar e vai ganhar muito dinheiro. A realidade é dura, mas a verdade é que o que enriquece pessoas como a Raquel é a simples e pura curiosidade das outras pessoas.

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  8. nao eh o tipo de filme que me faz ir por cinema ou sair da minha casa p alugar ou ficar esperando na net p baixar, hahaha, ou seja, eu nao pretendo assistir meeeeeesmo.
    huahuahua
    vi o trailer e nao gostei nadica, mas nao posso julgar a historia em si pois nao assisti neh?! :D
    bjuu mari

    letracomasa

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  9. Excelente resenha! Tudo o que eu imaginava.

    E, me perdoem por generalizar, detesto os filmes brasileiros. Nunca têm uma censura correta.

    Mari, conhece o www.filmow.com? :)

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  10. Nunca assisti Bruna surfistinha tenho quinze anos e alguns meses para 16 e realmente não gostaria de ver um filme com este enredo e ainda mais com o que disse em sua resenha,(não é preconceito)apenas não me sinto a vontade para assisti-lo :/ parabéns pela resenha.

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  11. Oi Mari,
    Concordo em gênero, Número e Grau com tudo o que você falou. Nada justifica a escolha que ela fez na vida. Todo mundo (ou a grande maioria) das pessoas passa por algum tipo de dificuldade na vida e nem por isso decide se refugir num prostíbulo ou se drogando. É um filme forte demais, pesado demais e com justificativas nada convincentes dadas pela autora (Raquel/Bruna). Enfim, achei o filme de péssimo gosto, assisti apenas por curiosidade, pois como já disse, NADA JUSTIFICA A ESCOLHA QUE ELA FEZ.

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  12. Ops, desculpem a minha falha...quis dizer: refugiar

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